quarta-feira, 3 de março de 2010

Palavras inquietas

Há leituras que me inquietam, são persistentes, de tal forma que me assaltam o pensamento, sem escolher a hora e local, perturbam-me com uma imensidão de questões que advêm das suas palavras e afirmações.

Num dos Evangelhos da semana passada, Cristo apresentava-me de um modo suscinto o "Poder da oração" (Mt. 7, 7-11). Li a leitura, voltei a ler e medidtei nas suas palavras, como é normal... No sábado passado, procurava uma leitura desfolhei, os quatro Evangelistas e mas não encontrei, então abri numa folha ao calhas, e qual foi a passagem que lá estava…!!! A mesma que tinha lido há três ou quatro dias atrás, e que não me tinha saído da cabeça.

Voltei a ler, depois li mais uma vez, e outra…

O que é que o Senhor me quer dizer? A reposta é bem simples! Oração…

Cristo é perseverante nas suas intenções e nos desafios que me propõe, posso até tentar fugir dos Seus apelos, mas quando me disponho a escutá-Lo, Ele interpela-me novamente com “aquela questão” que pensava já estar esquecida.

Se me inquieta? Sim um pouco, mas o que mais me perturba é não compreender de imediato as Suas propostas…

Porquê? Porque nos dias de hoje é difícil dialogar, conversar, trocar dois dedos de conversa, é tudo a fugir e para Cristo é preciso tempo, é preciso sentar e relaxar um pouco, não pensar em mais nada apenas naquele diálogo, sem olhar para o tempo.

Se continuo a pensar na passagem de Mateus? Claro que sim, senão não estava a escrever estas linhas.

Se já conversei com Deus sobre isto? Não! Apenas fiz mais algumas perguntas, mas ainda não tive tempo de escutar as respostas…



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