quinta-feira, 7 de abril de 2016

Somos instrumentos da Paz e Amor de Deus

Diz São Paulo aos Colossenses (cap. 3):Revesti-vos, pois, de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente. Tal como o Senhor vos perdoou, fazei-o vós também.
Reine nos vossos corações a paz de Cristo, e sede agradecidos. Que a palavra de Cristo habite em vós com toda a sua riqueza e tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando graças por Ele a Deus Pai.
Por fim, no que fizerdes, trabalhai de todo o coração, como quem o faz para o Senhor e não para os homens, sabendo que é de Cristo que recebereis a herança como recompensa.”



A paz constrói-se dia a dia na busca da ordem querida por Deus e pode florescer somente quando todos reconhecem as próprias responsabilidades na sua promoção. Para prevenir conflitos e violências, é absolutamente necessário que a paz comece a ser vivida como valor profundo no íntimo de cada pessoa: só assim pode estender-se às famílias e às diversas formas de agregação social (…). A paz é, portanto, «fruto de uma ordem inscrita na sociedade humana pelo seu Divino Fundador e que os homens, sempre desejosos de uma justiça mais perfeita, hão-de fazer amadurecer» (DSI, 495)


"Os cristãos leigos devem fortificar a sua vida espiritual e moral, através da oração, amadurecendo, assim, as competências exigidas para o cumprimento dos próprios deveres sociais. (…). Na experiência do crente, de facto, «não pode haver ... duas vidas paralelas: por um lado, a vida chamada “espiritual”, com os seus valores e exigências; e, por outro, a chamada vida “secular”, ou seja, a vida da família, do trabalho, das relações sociais, do empenhamento político e da cultura»" (DSI, 546)

Hoje, ao ler esta passagem de São Paulo, pensei na minha acção enquanto leigo, enquanto trabalhador, enquanto esposo, enquanto pai, enquanto filho...
Diz a Doutrina Social da Igreja (DSI) que "a paz constrói-se dia-a-dia (...) essa paz, foi inscrita na sociedade humana pelo Seu Divino Fundador, e os Homens, desejosos, de uma justiça mais perfeita, procuram amadurecer e vivenciar essa Paz..."
Então enquanto instrumento da paz de Deus, devo esforçar-me, todos os dias, para promover essa paz, essa alegria de ser Filho de Deus Misericordioso, que me Ama e quer que eu também ame e sobretudo seja feliz por esse Amor, com esse Amor, nesse Amor...

Assim seja...

quinta-feira, 31 de março de 2016

Cristo Misericordioso, que caminha connosco...

"Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho..." Lc. 24, 13-25.

Ontem li e voltei a ler o Evangelho dos discípulos de Emaús, inquietou-me esta forma como Jesus se coloca "no" caminho dos discípulos, sem perguntar se os pode acompanhar, mas também sem perturbar os que caminhavam, depois vai entrando na conversa, questiona, não opina. Deixa que os discípulos exponham as suas inquietações e no silêncio da Sua humanidade, vai ganhado a confiança dos dois homens...

A Misericórdia de Deus, está também no acto de nos acompanhar, de nos escutar e também de nos interrogar. Ou seja, não é um Deus que nos impõe o que quer que seja, sem que tenha primeiramente ganhar a nossa confiança e amizade. E ainda que nós ignoremos as suas questões às nossas inquietações, Ele continua a pôr-Se a caminho connosco, numa caminhada silenciosa, mas sempre presente, pronto a nos questionar e amparar...

Diz o Papa Francisco "Humildade: Deus está ao nosso lado, caminha connosco e nos espera sempre. Também na nossa vida pessoal (...) E se Ele, quer entrar ou já entrou na nossa História, entremos nós também na Sua História, ou pelo menos peçamos que Ele escreva a nossa História: é segura!

Que eu tenha a humildade de deixar, sempre, que Deus me acompanhe e que faça sempre parte da minha história. Ámen!